Eles contribuíram para a música, cada um na sua maneira e deixaram mais rica a nossa audição, cada nota é de beleza impar. Neste artigo vamos falar um pouquinho sobre quatro guitarristas de Jazz que marcaram a história do instrumento, seja com seus discos, seus livros, toda essa contribuição para a música.
Mick Goodrick
Mick Goodrick foi um guitarrista de jazz que nasceu entre 1945 e 2022, ele foi conhecido por tocar com Gary Burton e Pat Metheny, além de sua carreira solo. Ele foi requisitado como professor de guitarra na Berklee.
Foi um homem que casou com a música. Faleceu aos 77 anos sem deixar família ou filhos,
Goodrick é admirado por sua abordagem única à harmonia e improvisação. Ele incorpora extensas pesquisas harmônicas em suas composições e improvisações, resultando em uma sonoridade complexa e sofisticada.
Ele era muito exigente nas aulas, nas quais o ouvido do aluno precisava estar muito afiado para acompanhar todo raciocínio e sua metodologia no entendimento das escalas de acordes.
Uma parte de seu método consistia no guitarrista improvisar numa corda só “unitar”,
Isto ajuda a enxergar melhor as notas no braço do instrumento na horizontal, como esta forma de tocar é diferente de decorar “desenhos”, estimula mais os ouvidos e você precisa saber que nota vai estar tocando e que intervalo essa nota é com relação ao acorde.
Mick goodrick não tem uma discografia solo tão extensa
In Pas(s)ing 1979, Biorhythms 1990, Rare Birds com Joe Diorio 1993, Sunscreams 1994, In the Same Breath 1996, Noisy Old Men 2002 com John Abercrombie, Steve Swallow, Gary Chaffee.
Mas acompanhando foram dezenas de albums com artistas como: Jack DeJohnette, Claudio Fasoli, Charlie Haden Jerry Bergonzi,Pino Daniele, Dominique Eade entre muitos outros.
Mick Goodrick lançou em 1987 um importante livro para guitarristas, o “The Advancing Guitarist: Applying Guitar Concepts & Techniques”. Este livro é referência até hoje para o estudo da guitarra.
Mick Goodrick usava mais as guitarras “Headless” Klein que tem um formato bem diferente, mas que parece ser confortável. Essa entra tranquilamente em uma nova lista de guitarras feias.
Jim Hall
Jim Hall foi um icônico guitarrista de jazz que viveu de 1930 a 2013. Ele tocou com lendas como Sonny Rollins, Chet Baker, Ornette Coleman, Bill Evans, Paul Desmond, Art Farmer, Ella Fitzgerald, Stan Getz entre muitos outros, e seguiu tocando com seu trio até pouco tempo antes de sua morte aos 83 anos de idade.
Ele é reconhecido por sua contribuição inovadora ao gênero.
Jim Hall era conhecido por sua utilização criativa de espaço e silêncio em suas performances.Seu jeito introspectivo, sua abordagem minimalista na guitarra e sua habilidade de criar texturas sonoras únicas o tornaram uma figura influente no mundo do jazz.
No ano de 2004 ele foi nomeado para o National Endowment for the Art Jazz Master
Ao todo foram 39 álbuns de estúdio e 10 álbuns ao vivo. além de muitas outras participações com diversos artistas.
vou deixar dois aqui para você conhecer: o Live! de 1975 e o Concierto de Aranjuez também de 1975.
Hall usava uma Gibson ES-175 de quem ele comprou em 1956 de um músico de estúdio chamado Howard Roberts, também usou um modelo da D’Aquisto Custom Guitars e depois de 15 anos passou a usar a Sadowsky Jim Hall Signature Model.
Os principais amplificadores que Jim Hall usou foram o Gibson GA-50 e o Polytone Mini-Brute.
Joe Diorio
Joe Diorio, nasceu em 1936 e falecido em 2022 foi um guitarrista de jazz com uma carreira extensa. Ele se destacou tanto como músico de estúdio quanto como solista. Joe Diorio, grande educador ajudou a fundar o GIT (Guitar Institute of Technology) na Califórnia.
Diorio é reconhecido por sua técnica excepcional e uso inovador de escalas e arpejos. Ele é conhecido por sua habilidade de criar linhas melódicas complexas e expressivas, muitas vezes usando abordagens harmônicas pouco convencionais.
A discografia de Joe Diorio é constituída por 19 títulos do qual eu destaco o disco “Bonita” de 1980 e muitos outros acompanhando.
As guitarras que o Joe Diorio usa são sempre as semi-acústicas a Gibson Es-175 é a mais usada tem também a Gibson L4.
Joe Diorio também lançou alguns livros, um destaque é o: “Intervallic Designs for Jazz Guitar: Ultramodern Sounds for Improvising”
John Scofield
John Scofield é um guitarrista de jazz contemporâneo nascido em 1951, que transcende os limites do gênero, incorporando elementos de funk e rock em sua música.
Scofield é apreciado por seu estilo de tocar com uma sonoridade crua e angular, muitas vezes usando técnicas de distorção e groove funk em sua guitarra. Ele é uma figura chave na fusão do jazz com outros estilos musicais.
A discografia de John Scofield como líder ou em parceria foram lançados 46 álbuns e muitos outros acompanhando. dos quais eu dou destaque para Who’s Who? de 1979.
Das suas guitarras, a principal durante muito tempo foi a Ibanez AS200, as suas guitarras assinatura JSM100 and JSM200 são bem parecidas com a AS200
Outras guitarras são a própria Gibson ES-335, uma fender Telecaster e a Fender Custom Shop Relic’d Stratocaster.
Dos amplificadores, os principais são o Vox AC30TB, Sundown A-50 Combo Guitar Amp e o Mesa Boogie Mark I Reissue, mas ele usa também mais um 1964 Fender Deluxe Reverb.
John Scofield já usou muitos efeitos de guitarra é uma lista bem extensa, mas os principais são: o ProCo Rat, Ibanez CS9 Analog Chorus, Line 6 FM4 Filter Modeler, Line 6 DL4 Delay Modeler.
Conclusão
Esses quatro guitarristas de jazz têm contribuído de maneiras únicas e influentes para o mundo da música, e suas abordagens distintas à guitarra continuam a inspirar músicos em todo o mundo. existem muitos outros, podemos voltar com mais listas como essa em breve.
até mais !